Entre Batalhas e Trilhas Sonoras: Como Me Apaixonei por Visual Kei

Hoje, 9 de abril, é meu aniversário. Então, decidi fazer um post diferente do blog. Talvez poucos se interessem por ser uma visão extremamente pessoal sobre como descobri a música japonesa e me apaixonei por Visual Kei, mas por que não falar um pouquinhjo disso, né? Muita gente da minha idade (estou com quase 30 anos) sofria um estranhamento por gostar de música asiática, jogos e animes. Interessante que hoje é quase moda (não que isso seja ruim, na real é exxcelente). Ver pessoas andando com camisetas de bandas japonesas, ouvindo K-pop ou falando de anime com orgulho me dá um misto de surpresa e alegria.

Lembram da época do PlayStation 2? Uma época que era super normalizado comprar jogos pirateados, muitas vezes a gente comprava 2 ou 3 jogos por 10 reais. Era só ir na banquinha do bairro e escolher pela capinha ou até pelo nome esquisito. O irônico é que muitas vezes a gente buscava os jogos originais, mas as empresas dificilmente mandavam seus produtos pra cá. Demorou muito para as empresas notarem que brasileiro é o bicho que mais consome e engaja conteúdos como jogos, novelas, séries… Ao lado do brasileiro, que eu saiba, só os indianos e chineses que engajam tanto assim (indiano ama novela brasileira, não se esqueçam)! E mesmo assim a gente sempre foi meio deixado de lado (hoje mudou um pouco, mas ainda falta muito).

Bom… Eu mesma quis muito encontrar pra comprar TODOS os Onimusha, da Capcom, para ter na coleção, mas original eu só tenho o 1 e o 2. Fico na esperança de que um dia eles relancem tudo remasterizado, bonitinho, para os consoles atuais. Quem sabe quando a Capcom terminar de remasterizar a franquia? Eu seria a primeira a comprar.

Enfim…. Nessa época de PlayStation 2 teve muito jogo usando j-rock e visual kei, da mesma forma que os animes usavam. Mais que isso, jogos como Bujingai usaram não só as músicas do Gackt, mas também o usaram como modelo para fazer o protagonista Lau Wong. Sim, era ele ali em forma digital. Gackt também serviu de inspiração para personagens de Final Fantasy. Não sou muito fã de Final Fantasy, mas meu irmão e eu jogamos o Dirge of Cerberus nessa época do PlayStation 2 que, claro, tinha as músicas do Gackt. Literalmente, tive dois jogos com músicas do cantor, e nem foi por querer. A conexão entre música japonesa, videogames e anime sempre esteve lá, e eu fui me envolvendo sem perceber.

Depois de conhecer Gackt, comecei a acompanhar mais seu trabalho e pesquisar mais sobre ele. Posso resumir, dizendo que graças a ele conheci a banda Malice Mizer e comecei a me interessar mais por visual kei. Foi meio que uma porta de entrada pra esse universo todo cheio de estética, maquiagem pesada, roupas elaboradas e sons que misturavam rock, gótico, pop e até música clássica. Também assisti ao filme Moon Child, que ele fez com o Hyde.

Já dá para imaginar? Eu acabei acompanhando um pouco do trabalho do Hyde também, especialmente com o L’Arc-en-Ciel. Ou seja, por causa do Gackt, fui conhecendo muitos outros artistas, pesquisando mais, entendendo o que é visual kei, suas vertentes, e mergulhando nesse mundo que, no começo, parecia só uma curiosidade, mas acabou virando parte importante da minha identidade. Você também poderá saber mais sobre esse mundo aqui no blog: Visual Kei: Seus estilos e subgêneros

Depois, veio a época do PlayStation 3. Minha mãe e eu já éramos fãs da franquia Samurai Warriors há um tempinho. Em Samurai Warriors 4-II, uma das músicas tema é da Wagakki Band, mais especificamente a música Ikusa. Ok, Wagakki Band não é visual kei, mas acabou entrando fácil na lista de bandas japonesas que adoro e que conheci por causa de jogos eletrônicos. A mistura de instrumentos tradicionais japoneses com rock me conquistou bastante! Aliás, minha tristeza é ter pouca música deles na Amazon Music.

Depois disso? Posso zoar que foi só ladeira abaixo, já que nunca mais sai desse universo e fui me apaixonando cada vez mais por artistas japoneses? Tenho pôster do The Gazette na parede (saudades, Reita), não me canso de ouvir Deathgaze, Girugamesh ou Manterou Opera e sou completamente apaixonada pelo Atsushi Sakurai e pelo Mana-Sama, uma lenda que também popularizou a moda lolita gótica. Inclusive, já me inspirei algumas vezes nos visuais dele. Quem nunca tentou um viisual similar após assistir seus videos?

Óbvio que também gosto de alguns artistas pop, tipo o TM Revolution (quem não tem esse homem como crush, sinceramente?), a Kanon Wakeshima com aquele violoncelo maravilhoso, e a dupla On/Off — esses dois últimos, aliás, conheci por causa do anime Vampire Knight, que teve muita inspiração gótica que curto até hoje. Contudo, meu foco sempre foi o visual kei. Foi onde meu coração musical se fixou de verdade. Acabe até decidindo criar o blog e a página no Facebook (hoje, está em mais plataformas) para falar sobre música japonesa e Visual Kei. Bom, acredito que seja só isso. Obrigada a todos que leram até aqui!

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